sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A normose e o fazer parte - A Doença de ser normal.

O ser humano está sofrendo de “normose”, a doença de ser normal*. Todo mundo quer se encaixar nesse padrão que a mídia e o social propagam o tempo todo, só que isso não é fácil, nem simples. As pessoas “normais” são bem sucedidas, bonitas, magras, estão sempre sorrindo, não aparentam sofrimento, estão cercadas de amigos e são bem aceitas em qualquer lugar. Tentar ser normal gera uma ansiedade, uma angustia por não conseguir ser o que o outro espera de nós, e com isso diversos transtornos como bulimia, depressão, síndrome do pânico... Isso é ser “normal”?
É intrínseco do ser humano querer estar inserido. Isso não é ruim, é uma necessidade. Porém, temos que ter cuidado para não deixarmos de sermos nós mesmos e esquecermos o que nos faz feliz tentando ser “normais”.


Paula Belém


Frase de Hermógenes, o inventor do termo “normose”. Texto baseado numa entrevista feita com ele.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Carta de despedida

Em nossas vidas acontecem várias mortes; perdemos amigos, rompemos namoros, nos livramos de velhos costumes, mudamos, evoluímos, e uma vida sem essas pequenas mortes de nada serve. Umas são maiores que outras, mas elas sempre existem. Temos medo da morte não por ela ser desconhecida para nós, e sim, por ser uma velha conhecida. Todo fim de ciclo é uma morte simbólica. Estes términos são indispensáveis para o ser. Os mais corajosos conseguem colocar um ponto final quando as dinâmicas já não servem mais para eles. Já os mais acomodados tendem a fazer de tudo para não mudar, mas às vezes a própria vida se encarrega disso. Precisamos mudar para que continuemos os mesmos*. Mudar positivamente é renovação, é começar de novo. Hoje os convido a deixarem partir algo que já não sirva, e percebam o resultado. Estão insatisfeitos? Tornem-se pessoas melhores.

Paula Belém

*Não lembro de quem é essa frase.

sábado, 14 de novembro de 2009

AUTO-AJUDA (RISOS)

Minha missão DE vida

Às vezes eu me pergunto qual a minha missão de vida, e chego sempre à mesma conclusão, não sei. É difícil chegar nisso, porque é em horas como esta, que temos a pseudo sensação que nossa existência não faz sentido algum. Tantas pessoas já sabem o que vieram fazer aqui, por que eu ainda não? Ainda poderia usar a desculpa que nunca parei pra pensar nisso, mas nem isso ajudaria a me enganar agora, porque eu já parei, já refleti, e o mesmo desfecho me segue: não sei. Olho para o futuro tentando enxergar a minha missão de vida, mas esse futuro nunca esteve tão no futuro, fazendo que não o veja. Então, hoje, sentada aqui na frente do computador, depois de uma crise existencial, dessas novas, que só existem na nova sociedade bipolar, percebi onde na verdade está meu maior erro: tentar descobrir minha missão de vida olhando para o futuro. E neste exato momento eu mudo o nome do meu texto para:

Minhas missões NA vida

Hoje, depois de uma crise existencial, resolvi pensar qual seria a minha missão na vida. Sentei na frente desse computador, e olhei para o meu passado. Quantas missões na vida eu tive e continuo tendo! Eu tive a dura missão de vir ao mundo e sobreviver. A missão de trazer junto comigo o amor que daria a minha família e que a mesma sentiria por mim. A missão de crescer, de aprender, de perder, de errar e depois disso tudo continuar vivendo, e sendo feliz. A missão de estudar, me formar, e ver os olhos das pessoas que acreditaram em mim cheios de orgulho. Inclusive eu. A missão de desanimar tantas vezes e ainda assim não desistir. A missão de curar feridas mais profundas que as físicas. A missão de fazer a pessoa ao meu lado sentir o amor que eu sinto todos os dias. A missão de conhecer e escolher os amigos que seguirão comigo. Não é olhando para coisas que ainda não aconteceram que enxergamos o que viemos fazer aqui, e sim olhando para as coisas que já passamos, e por fim, eu percebo que tenho missões na vida, e me sinto feliz por isso, afinal, tenho varias, e não apenas uma missão de vida. E o que eu vim fazer aqui? Agora eu sei...


Ps.: Para lolly, minha amiga, que adora este texto.

domingo, 8 de novembro de 2009

ESCOLHAS

Existem vários tipos de escolhas. Existem escolhas que julgamos certas, as que julgamos erradas, aquelas difíceis de fazer e aquelas que preferíamos não ter. Não seriam as escolhas o que misticamente apelidamos de “destino”? Não seria um tanto comodo dizer que o destino é traçado e imutável? Criamos essa escolha de Deus para nos livrarmos das culpas de nossas próprias escolhas.
“Foi Deus quem quis assim”. Esta frase vem sempre acompanhada de um alívio isento de culpa. Há um tempo que venho percebendo que são nossas escolhas que escrevem nossos destinos, isso mesmo, no plural. A conseqüência de fazermos várias escolhas é ter vários destinos. Sinto que ando fazendo minhas melhores escolhas. E o amor sem dúvida é a melhor delas.

Escolha. Mesmo que você erre.

Pior que fazer uma escolha errada é estagnar e deixar de escolher.

Paula Belém