domingo, 14 de março de 2010

Faxina Interna

Espaço Aberto

Um dia me dei conta de que, para continuar crescendo, era urgente iniciar uma faxina dentro de mim.

Eu precisava de mais espaço aqui dentro e, no entanto, havia muitas lembranças inúteis e indesejáveis ocupando o lugar da alegria e dos sonhos.

Um canto estava abarrotado de ilusões, papéis de presente que nunca usei, algumas mágoas, risos contidos e livros que nunca li.

Espalhados por todos os lados haviam projetos de vida abortados e decepções. Abri o armário e joguei tudo no chão.

Foram caindo: desejos reprimidos, olhares de crítica, palavras arrependidas, restos de paixão e ressentimentos estúpidos.

Mas haviam coisas importantes no meio de tudo: um brilho de esperança, o amor maduro, algumas boas gargalhadas, momentos de ternura e paz, desafios e bastante amizade.

Não havia dúvida, bastava jogar no lixo tudo que não servia mais para que eu continuasse crescendo.

E depois, tratei de varrer todas as recordações empoeiradas, passei um pano nos ideais, pendurei os sentimentos nobres na paredes mais claras, guardei nas gavetas todas as boas lembranças, perfumei a criatividade e abri a porta para que o meu espaço fosse invadido por algo que estava faltando para o meu crescimento pessoal:

a capacidade de recomeçar.



Não sei quem escreveu esse texto, procurei e acho que foi Luciano Luppi(não tenho certeza), recebi por e-mail e resolvi postar, achei ludico e reflexivo...



Luz.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O MEDO

Existem duas vertentes do medo: o medo positivo e o medo negativo. O medo positivo é aquele indispensável para sobrevivência, que sem ele, seriamos chamados de “suicidas”. Imagine-se na rua mais movimentada de sua cidade, carros indo e vindo em alta velocidade, e seu cérebro não processa o sentimento que chamamos de medo. Simplesmente você vai atravessar sem se preocupar em ser atropelado. Quando qualquer ser vivo sente medo, ou ele luta, ou paralisa ou foge.
Mas meu foco hoje é o medo negativo, é aquele que ao contrário do medo positivo, limita a existência do ser. Sentimos medo em varias situações. Temos medo da perda (independente de física ou simbólica), de que nos julguem, de sofrer, de demonstrar o que sentimos e o que desejamos. Quero afunilar ainda mais a questão do medo, e hoje em especial, vou falar o medo do julgamento. Cada um de nós já deixou de fazer alguma coisa que queria com medo do que os outros pensariam, e hoje, olhamos para trás, e em alguma situação lembrada sentimos aquela leve pontada de arrependimento. O medo do que os outros vão pensar só faz mal a uma única pessoa, quem sente. Quem escolhe viver no medo, abre mão de muitas coisas, e principalmente, de viver na luz. Um Professor meu, Mário Risso, costuma dizer que o contrário do amor não é o ódio e sim, o medo, porque o amor irradia e o medo retrai.

O medo, muitas vezes, é um fator limitante.

Luz.

Paula Belém